MEMÓRIA AO VENTO 3
(este poema por ser muito extenso encontra-se repartido por três poemas complementares "Memórias ao vento 1; Memórias ao vento 2; Memórias ao vento 3)
MEMÓRIAS AO VENTO - 3
Minha terra, sonho de mar azul, sol de esplendores!
Queria poetizar ternura, exorcizar a minha dor.
Conheço cada rua, cada esquina, cada canto,
travessas de enredos, recantos e refúgios de amor,
em vielas verti lágrimas e nelas sufoquei o pranto.
Quero pensar, sem o nó que me cresce na garganta,
Indiferente às gotas de chuva que escorre pelo rosto,
gotas cúmplices, que se misturam com o sal dos olhos.
São apenas fluidos sedentários, que o ego planta
e que a vida na sua marcha, decanta por apego e desgosto.
No desencanto; O vazio. No vazio; O olhar. O olhar
de quem sai à procura de si mesmo, para se encontrar.
O olhar, que esconde as emoções e o silêncio solitário,
vendo o sol morrer em cada tarde, num ocaso imaginário.
Não sei se volto, não sei se me encontro, se sou eu!
Não sei, se a vida por mim passou e tudo em mim morreu.
João Murty
Comentários
Henricabilio
3ª, 14/10/2014 - 16:53
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entre a saudade e a
entre a saudade e a contemplação
se desenham os universos interiores de cada um de nós.
Bela prosa poética!
1 abraç0o!
_Abílio
josé João Murti...
3ª, 14/10/2014 - 17:29
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Obrigado Abílio, pelas suas eruditas palavras!
Um grande abraço,
João Murty