Não sou
Autor: Diana Santos on Sunday, 22 May 2016
Sim, sou eu…
Sou eu que nada sou!
Sou eu, o destino é meu,
Sou eu a quem tudo dou.
E o que é que recebo?
Duas mãos gélidas de vazio.
Que vida é esta que não percebo
Por que nada tem brio.
Sou eu… E talvez não seja,
Nada mais serei então
Do que aquela a quem a vida beija
Com o sabor envenenado de Adão.
Já não sou eu, sou nada
E nesse nada afoguei-me.
Numa alma amargurada,
Depressa ao nada entreguei-me!
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