Não tem tempo este poema ...

Na fruteira de folhagens
pássaros do universo
vêm polinizar
o fogo das estrelas
obrigando-nos a memória
envelhecida
a percorrer quais momentos
de eternidade
as neblinas das nebulosas
das galáxias
num laivo de liberdade
e compaixão
pelos humanos oprimidos
seres da Terra ...
Neste encontro com as estrelas
segredam-me os anjos
os mistérios do universo
num assomo do nada existencial ...
Percebo a grandeza desse nada
feito simples compleição
dum eterno renascimento
do ser ...
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