O MILAGRE DA POESIA - ReContando o Natal

O MILAGRE DA POESIA
(ReContando o Natal)

A Menina Poesia
Sonhava acordada todo o dia
E, se em algum momento não sonhava,
Sentia que algo lhe faltava.

Gostava de correr e saltar
Pelos montes com destreza,
Sob o enternecido olhar
Da Mãe Natureza...

As flores emanavam perfumes à sua passagem
E nasciam cânticos de glória nas aves;
As árvores dançavam com os ventos suaves
E a Vida fluía qual sublime viagem...

Mas um dia aconteceu...
A virgem Menina, subitamente,
Recebeu uma visita do Céu
E, sem conhecer o pecado,
Fez-se Luz no seu ventre...

- E o Poema nasceu!

O Poema caminhou precoce pela Terra
E foi anunciar o Amor, ao Homem...
Falou em dar a outra face, que toda a gente erra,
Que no perdão todos os erros se consomem.

O Poema foi ignorado e atirado ao chão.
Dona Insensibilidade condenou-o à morte...
Mas o Poema queria a Vida como consorte
E à morte disse: Não!... Não!... Não!...

E desde aí a Poesia produz
Cada vez mais e mais Luz!
A Mãe Natureza sorri, deveras contente,
Ao ver como é boa a sua semente.

Existe um Poema nascido no Céu
E que ecoa em alta voz.
O Poema é meu!...
O Poema é teu!...

- É a Luz de todos nós!

30/06/2008, Henricabilio