O SONO

 

 

Quando as luzes se apagam

E a noite chega...

Tudo se esvanece na madrugada absorvente

Tragando no seu seio

O torpor do iminente stress

Que nos devora

Na rotina diária

Da nossa existência

O sono e o sonho...

Aparecem como drogas

Impedindo-nos de pensar

Pesadelo?

Ou não!

Anestesiando o nosso corpo

E o nosso pensamento

Qual heroína

Entrando nas veias

Devassando a nossa mente

Atirando-nos para um gueto

À margem de tudo que nos rodeia

Não durmam!

Não sonhem!

Não se desliguem da realidade

Pensem!

Lutem!

Contra o marasmo do existencialismo passivo

E sedentário

Esperando...

Que tudo aconteça

Absortos

Num sono profundo.

 

Mário Margaride"GIL60"

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Comentários

Bela inspiração filosoficamente poética! sono e sonho, pausas na luta inclemente na qual nos debatemos neste recanto que classificamos de realidade, onde nem todo pensar é libertação...... parabéns Mário, gostei muito...abraços!

Obrigado, amiga Mariangela pelo simpático comentário.

É um prazer ter-te aqui a comentar os meus poemas...
 
Beijinhos!