Observações
Gélida observação que penetra no escuro...
Inferências que testemunham a loucura,
Ambicionam e putrificam o puro,
Mas sem este existir, com ele, a cura.
Os sentimentos óbvios e representados
Dia-a-dia; incompreenções que, decerto
Verdade ou mentira, caminham para perto;
Pela sincronia dos corpos...
Pelo posicionamento humano perante o sentimento...
Qual corpo não será uma marioneta do sentimento?!
Simplesmente afetados pelo semelhante,
Condenando a sorrisos e à tristeza.
Qual o divertimento da vida apenas com leveza?
Afinal o estigma da existência será o simples acto de existir?
Penetro no escuro...
À minha volta, inércia...
Dentro de mim, a conjectura:
“Sinto-me pesado neste ambiente convidativo...
Tenho o Conforto à minha espera
E o facto de continuar parado e apreensivo
Faz-me não querer nada a não ser estar.
Talvez pensar que dói estar! Simplesmente estar!
O nosso corpo condena a existência, prende-a
Em propósitos inalienáveis...”.
Limito-me...
Permaneço puro, pois há o sentimento.
Comentários
Jéssica Matos
5ª, 17/03/2016 - 17:49
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Gostei!
Me identifiquei com as palavras do seu poema... convida a uma boa reflexao!