Observações

Gélida observação que penetra no escuro...

Inferências que testemunham a loucura,

Ambicionam e putrificam o puro,

Mas sem este existir, com ele, a cura.

 

Os sentimentos óbvios e representados

Dia-a-dia; incompreenções que, decerto

Verdade ou mentira, caminham para perto;

Pela sincronia dos corpos...

Pelo posicionamento humano perante o sentimento...

Qual corpo não será uma marioneta do sentimento?!

Simplesmente afetados pelo semelhante,

Condenando a sorrisos e à tristeza.

Qual o divertimento da vida apenas com leveza?

 

Afinal o estigma da existência será o simples acto de existir?

 

Penetro no escuro...

À minha volta, inércia...

Dentro de mim, a conjectura:

“Sinto-me pesado neste ambiente convidativo...

Tenho o Conforto à minha espera

E o facto de continuar parado e apreensivo

Faz-me não querer nada a não ser estar.

Talvez pensar que dói estar! Simplesmente estar!

O nosso corpo condena a existência, prende-a

Em propósitos inalienáveis...”.

 

Limito-me...

Permaneço puro, pois há o sentimento.

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Comentários

Me identifiquei com as palavras do seu poema... convida a uma boa reflexao!