OLHANDO O CÉU
Bem feliz deve ser quem no azul pode
Ler a mensagem que o infinito traz,
Nas linhas radiantes dessa crença,
Da vida uma esperança e nada mais.
Melhor colher no céu uma ventura,
Melhor dormir aos pés do trono altivo,
Melhor dessas estrelas fazer tochas,
Que acendem a alegria no olho esquivo.
Melhor... Que se perder na lapa extrema,
Procurar em vão o que não existe;
O céu é uma tampa que transparente,
Anima o palpitar de um seio triste.
E como poder pilhar sua escada,
E chegar ditoso na aberta porta,
Se caminhos são poucos neste Dédalo,
Quando o fim de tudo não mais importa?
Olhai, que seja ao léu p`ra vossa fronte,
Depois, sem qualquer pressa o céu também.
Reflete o espelho a imagem que se vai,
O céu divino oferta o que ainda vem.
Bem feliz deve ser quem no azul pode
Ler a mensagem que o infinito traz,
Nas linhas radiantes dessa crença,
Da vida uma esperança e nada mais.
POEMA ESCRITO EM JULHO DE 2004