Ponte de chegada
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 17 June 2015
Aprendi com os tombos da vida
a olhar-me tal com o sou ,
reflectido no espelho de mim,
como a água passando
debaixo das minhas pontes
numa onda que morre cessando
Não aumento,nem diminuo,
todo o caudal por mim cursando
entre margens quase tangenciais
Procuro ser apenas original,
não me preocupo com olhares enfermos
ou falares alheios,
sinto e vejo tudo ao meu redor
simplesmente e humanamente
de acordo com os meus próprios olhos
no anonimato essencial da vida
ou num momento de tempo
tão comprometedor que levo
nesta poesia tão existencial
FC
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