Sociedade Vazia II
A corrente vai nos arrastando,
Não nos leva a nenhum lugar.
O tempo, a todo o gás, vai passando,
Mas nada parece se alterar.
O que somos nós num mundo onde não podemos nada?
Há perguntas que não se deve nem fazer.
Para onde vamos se chega ao fim da nossa estrada?
Não seria a mesma coisa se pudéssemos saber…
No mesmo dia pode fazer sol e pode chover,
Mas a chuva é o que marca mais a terra.
A vida não é uma questão de querer ou não querer,
Por vezes estás na Paz e um só olhar chama-te à Guerra.
Não podemos ser apenas nós mesmos a todo o momento,
Temos de correr atrás de uma outra personalidade.
Nada mais difícil que saber quando é tempo,
De lançar o tiro da nossa verdade.
Lá fora está frio e reina a escuridão,
As ruas cheias de zombies presos a uma rotina.
A desconfiança deu lugar à cooperação,
O perigo salta-nos em cima a cada esquina.
Comentários
josé João Murti...
3ª, 08/07/2014 - 21:41
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O pensamento solta-se a divagação surge
Eis.... palavras poéticas muma divagação!
Gostei. Um abraço
António Cardoso
3ª, 08/07/2014 - 21:33
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Muito obrigado, amigo João
Muito obrigado, amigo João Murty.
Foi mesmo assim que surgiu este poema. Estava a sentado na cidade do Porto à espera do autocarro que me traria para casa e começaram a vir ideias à minha cabeça e eu comecei a tentar registá-las no papel. Passado um bocado tinha isto...no fundo está um pouco vago e confuso, mas é assim que neste momento observo a sociedade.
Um abraço.