Vida sonhada

Estranha e enigmática ilusão esta em que me encontro,
Breves e fugazes rumores de vida
Que incessantemente busco saber,
Cruéis e irónicos dissabores atormentam a minha caminhada
E nela me cruzo com desumanizados seres de breu
Que apenas mecanicamente respiram sem esplendor.
Recuso-me a aceitar a sua insípida e oca existência,
Carregada de infundadas crenças, subalternos valores
Que agrilhoam encantando os seus passos,
E ignóbeis apagam na sua alma as cores do arco-íris
Que desnudam este imponente planeta que com sufoco grita
E nos abençoa com o sonho de uma vida por viver
Mas com incansáveis terrores assombram o meu olhar,
Procurando destemidamente tocar a vida que me abraça.

 

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