Mas Ainda Vou a Tempo
Chego tarde à vida, mais ainda vou a tempo,
Não sei o que pensas, mas não para o meu pensamento.
Vou atrás do que quero, mas não consigo ver,
Tenho medo do amanhã, mas como poderia não ter?
Nada é certo, mas há quem tenha a certeza,
Eu apenas quero mais projetos na minha mesa.
O amanhã mete medo e eu não o quero enfrentar,
Prefiro ficar parado que morrer a caminhar.
Vejo gente à minha volta, mas ninguém me vê a mim,
Chamo pela sexta-feira, mas a semana nunca mais tem fim.
Vejo aquela miúda e sinto falta e saudade,
De quando acreditava no infinito e na eternidade.
Hoje estou longe, ela nem sequer se lembra de mim,
Pode ser o princípio, ou pode ser o fim.
Gosto do que vejo, mas queria poder tocar,
Mas ela é distante e não se vai aproximar.
Estou longe de casa, longe de tudo,
Quero falar mas fico calado, fico mudo.
A vida é assim, leva-nos até ao profundo abismo,
Saber evitar os perigos do vício do sentimentalismo.
(03/10/2013)
Comentários
josé João Murti...
5ª, 24/04/2014 - 19:11
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Agarra a vida, segura o tempo.
Agarra a vida, segura o tempo. As ondas chegam e vão e com elas as oportunidades para surfar. Nem sempre a maior a mais bela é a melhor, na sua aparencia fraqueijam,esbatem-se em espuma perdendo a força, não nos conduzem à praia.
Segura a prancha, um olhar sereno à volta, escuta o som das ondas. A tua há-de chegar e tu vais apanhá-la com braçadas fortes e nela irás surfar rumo à praia da felicidade, com pontuação elevada e duradoura.
Um abraço
João Muty
António Cardoso
6ª, 25/04/2014 - 14:24
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Muito obrigado, amigo João
Muito obrigado, amigo João Murty.
A vida é como um pássaro, se a queremos caçar temos de antecipar os seus movimentos e disparar-lhe com precisão. Ou como um jogo de xadrez.
Abraço.