Poema improvável

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Eis aqui uma folha de papel:
Branca, virgem, imaculada...
Simples e modesta como tantas outras.

Ante ela, olhares e sensibilidades múltiplas
Podem sempre ter reações distintas:
Encolher os ombros, ignorar e olhar sem emoção;
Ou imaginar cores, fogo, arte e vida;
Ou sentir ali, de forma espontânea, poesia em bruto.

Um poema pode pura e simplesmente
Ser invisível e não ter presença física
E passear-se no ar, com o vento e o sol,
Qual espírito de luz que alguém há-de absorver.

Mas mesmo que a poesia te pareça improvável,
Lembra-te que uma folha de papel em branco
Possui sempre frente e... verso.
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29.12.2014, Henricabilio

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Comentários

Gostei. Uma folha branca que esvoaça na imaginação!

 

Abraço,

 

João Murty

Frente e...  Verso. É demais!  

Folhas de papel que esvoaça  no ar e na imaginação  do poeta!

Abraços!