Dedicado

Combatividade

Autor: Frederico De Castro on Thursday, 9 October 2014
Combatividade
 
Livrem-se do que é saudável
arrastem-se estes doentes
tão carentes
uns por vezes
até impotentes 
no corredor desesperado da vida
que se esvazia no vazio dos grandes
planos que a vida
deixou por concretizar;
 
Derrubem-se as fronteiras
da nossa liberdade perdida
na autenticidade dos ventos
clamando em vorazes ciclos de tempo
onde todos os gritos
que a dor suporta
jamais se rendem às horas
vagas e vazias
do meu puro egoísmo 
sempre premente no aforismo
das sílabas doentias
cada vez que pronuncio
sem mais euforias
minhas dores quase cancerígenas
no silêncio das lágrimas contidas;
 
Apetece-me ir embora
qualquer dia
e sei que vou, até
esvaziar-me do passado
e recusar este presente que me machuca
tão descompassado
pela existência súbtil 
que supera todos os segundos
contidos entre as horas 
débeis e fugazes
que passam pela vida disfarçada
sem regras ou palavras notáveis
apenas implorando à minha criatividade
que encontre na hora da superação
um pouco, só de mais combatividade
FC

Será que sabemos?

Autor: Frederico De Castro on Thursday, 2 October 2014
Será que sabemos? à minha filha Noemi
 
Será que sabemos, 
que a alegria caminha lado a lado 
com a tristeza, 
a vida com a morte, 
a fartura com a escacassez, 
as vitórias com as derrotas.
Será que conhecemos 
os amigos que temos, 
os abraços fraternos que não demos, 
os mares que afinal nunca navegámos.
Será que sabemos, ou fingimos não saber, 
as palavras que não dissemos, 

Lágrimas de mulher

Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 1 October 2014
Lágrimas de mulher  - às meninas raptadas na Nigéria
 
Quantas serão mulher
tuas lágrimas arrojadas
que deslizam, 
sem culpa pela face sufocada
desatenta e perdida de saudade já cansadas
tantas vezes sofridas,
tantas vezes escrava
as vidas que prometes-te...violaram-te
no ventre engravidado...amamentas-te teus filhos
e eles...roubaram-te, sem decretos nem esperanças
um punhado de lembranças

Uma ode à minha querida mãezinha

Autor: Leandro Yossef on Sunday, 28 September 2014

Uma ode à minha querida mãezinha

 

Queria eu dizer-te tudo que sinto para gentes,

Mas meus frugais versos me são ineficientes

Como descreverei eu a mais bela rosa já vivente

Como falar da perfeição em forma airosa feminina

Mãe, és tudo para mim, és a égide de minha vida

És a mais bela poesia traçada no olhar de menina...

 

Mãe palavra tão doce de se falar e de se guardar,

Um dom que o Divino entre nós o fez reinar

Minha poesia sem ti seria redundante e sem fim,

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