Geral

escrita

É na escrita
que está aquilo que sinto
É na escrita
que está aquilo que penso
É na escrita
que escondo o meu pesar
É na escrita
que tu me vais encontrar
É na escrita
aqui, onde não há sofrimento
É na escrita
onde a realidade é irreal
É na escrita
que partilho os meus sentimentos
É na escrita
que sepulto os meus tormentos

chutando o balde da depressão

 Se você sente

Que o mundo te isola

As tristezas da vida são tantas...

E as lágrimas derramadas

Por estas duas portinholas

São muitas, e teu viver te desola!

Não se desespere não

Não fique ai parado

Sentindo-se como um cão.

Levante-se deste chão!

A vida tem destas partes

E viver é uma arte

Sinta-se um artista

Monte seu próprio palco

Vá em frente Se invista!

De um olé nas tristezas

Uma banana pra aflição

Chute bem alto o balde

Derrame a água no chão.

Sonhos

Sonhos

Entra sorrateiro
Em meu coração
Queima feito brasa
Enche-me de emoção.
Atira faíscas
Para todo lado.
E com um olhar
Debochado
Sai, e se vai sorrindo
Vai embora lindo!
Fica no ar um silêncio
Como se por aqui...
Nunca tivesse vindo!

POSSO?

Vê coisas? Aprenda a enxergá-las

Ouve vozes? Escute-as

Tem medo? Coragem é o remédio

Tá difícil? Descomplique

Insônia? Hora de pegar um livro

Cansado? Respire fundo

Tá triste? Ame

Não tem? Seja

Acabou? Tempo de um novo início

Desanimou? Olhe pra frente

Tá duro? Conte-me como resolveu essa

pai

Escuta meu pai este segredo,
que hoje eu te vou contar,
quando vou p'rá cama à noite
e em ti me ponho a pensar.
 
Passaram anos desde o dia,
que me viste pela primeira vez,
desde então tens-me ensinado,
a ser aquilo que tu és.
 
Tenho aprendido o que posso,
nem tudo aprendi, paciência,
mas espero em mim ter retido,
o que me ensinas-te com veemência.
 
Tenho hoje uma linda filha,

orgias

Um apontar de armas
Os Deuses
Clamam sacrifícios
A vítima
Conseguiu escapar
Dionísio
Clama por vingança
Orgias
Sob a cúpula dourada
Os festins continuam
Assim como a megera
Continua a olhar a lua

Diálogo com Fernando Pessoa

Diálogo com Fernando Pessoa

 

Mote

Quanto do sal que há no mar

São lágrimas de Portugal?

 

Voltas

Pessoa li o teu versar

Da quantidade de sal

Que há nas águas do mar.

Um pouco era natural

Um pouco era lacrimejar

Era dor, saudade e tal.

Quanto do sal que há no mar

São lágrimas de Portugal?

 

Porque é preciso lembrar

Do negro a chorar na nau.

Da viúva em pranto a fitar

Seu homem arrancado do local.

Podemos então concordar

Nesta questão crucial

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