Geral
Desnascer
Autor: Rui Correia on Wednesday, 9 July 2014Como me cansa o cansaço
de estar cansado apenas;
Este abraço que te aperta
e não quer que gemas.
O mundo está perdido,
gemebundo e desiludido;
está afectado
pelo bom grado profundo
daqueles que se deixam afectar por tudo.
Afeta-me o sono das sociedades
e deixo-me, como eles, dormitar...
Estou ciente, mas demasiado cansado
para me fazer presente
e influenciar.
Deixo que me influenciem;
não sou mais que ninguém,
neste nada em que todos são um tudo mais que alguém.
amo-te
Autor: arresiur on Tuesday, 8 July 2014Na colina sobranceira de tua casa, aí me encontro. Eu, o vento, que geme na negra noite. Mesmo junto a ti, tu não me vês, e é onde passo o dia-a-dia. Esse teu trágico olhar, a olhar-me e sem me ver. Ai quem me dera ser como tu, para me poderes ver, e para te poder murmurar a mais suave das palavras, "AMO-TE".
esperança
Autor: arresiur on Tuesday, 8 July 2014sonho
Autor: arresiur on Tuesday, 8 July 2014REPETIÇÃO EXISTENCIAL...
Autor: Roberto Armorizzi on Tuesday, 8 July 2014Já pensei muito, na vida,
hoje meu pensar parou,
pare de pensar, por favor,
pensar dispersa o sabor.
Já falei muito, na vida,
hoje meu falar parou,
pare de falar, por favor,
falar dispersa o amor.
Já calei muito, na vida,
hoje meu calar parou,
pare de calar, por favor,
calar dispersa o que for.
Já escrevi muito, na vida,
hoje meu escrever parou,
pare de escrever, por favor,
escrever dispersa o calor.
OFF
Autor: CharlesSilva on Tuesday, 8 July 2014OFF
Mas aquela paixão foi tão quente, mas tão quente, que quando esfriou virou escândalo. Mas é isso, amor que é bom dói, paixão quando é boa arde.
Charles Silva
A esperança lá fora
Autor: CharlesSilva on Tuesday, 8 July 2014A esperança lá fora
É tempo de olhar a esperança lá fora, é só ir pra rua. Observe silenciosamente, você a verá. Sim, ela está lá. Mas a esperança lá fora não é silenciosa. Mas em silêncio você a verá. É tempo de olhar a esperança lá fora.
Charles Silva
Setembros de Coimbra
Autor: Rui Correia on Tuesday, 8 July 2014Oh, setembro,
como te escapas
e eu ainda me lembro
do encanto de todas as capas.
Oh, tempo,
como passaste a correr.
Eu olho para dentro
e dou por mim a crescer.
Cresço, mas não em tamanho.
Deixo que as experiências me lavem o corpo
e, depois desse banho,
sou outro.
Crescido,
ainda que com alma de criança;
Falecido, amolecido, esquecido!
Uma triste lembrança...