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Fim do Primeiro Ato

Fim do Primeiro Ato

 

Negou a verdade, esculachou, esculhambou, esnobou, humilhou. Decretou o fim da história ali de fronte ao público sedento por cenas de violência e sangue. Sendo inteligente e elegante, escondi-me atrás da cortina até que o espetáculo se encerrasse. No final, varri o chão do palco colocando o lixo debaixo do tapete vermelho que serviu ao teu desfile de superioridade. Apaguei as luzes e fechei as portas do teatro. Não há mais espetáculos, pois agora só há atores coadjuvantes, eles não sabem ser heróis.

 

Charles Silva

Batalhas no Inferno

Batalhas no Inferno

Tenho visitado meus infernos com frequência, pois é lá que se originam todas batalhas em que estou combatendo. Não obstante, me deparo com anjos e demônios, são parte do cenário, à parte disto, nada tenho eu de santo. Porém, não cultivo demônios, desprezo-os com ar de soberba, ainda que sob ataque direto.

DA VIDA QUE MORRE NO SEIO DO AMOR

O sol que brilha no céu

Me cega no mar

Além do horizonte

 

Na vida que morre no seio do amor

 

O mar com seu negro véu

De luz estrelar

Perdida na fonte

 

Da vida que morre no seio do amor

 

A luz que força a passagem

Viola o teu olho

Buscando ali ver

 

A vida que morre no seio do amor

 

O olho que cria a miragem

Que eu mesmo escolho

Buscando entender

 

A vida que morre no seio do amor

 

E escolho por mera ambição

filha

Não me chames . . .
Não fales . . . 
Não decidas . . .
Porque tu não podes . . .
Porque tu não sabes . . .
Mas sentes
Sentes que queres
Pensas e . . . sonhas.
És a paz num corpo indeciso.
Agarrado ao que não sentes,
sufocado quando mentes.
Aliciada pelo que te dou.
Sou . . .
A luz que ilumina os teus dias,
no Inverno negro da tua mente.
Sou . . .
O mundo que procuras.

viagem

Percorro milhas para te ver
Perco-me por entre
As densas árvores
Da floresta
Volto a encontrar-me
Pérfidas amazonas
Atacam
No limiar da floresta
De novo a sensação
De estar vivo
Deambulo pelo rio
De asfalto
Rumo à pirâmide
Irei só
Para terminar
A minha viagem.

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