Geral

Anatomia Poética - A Pele

Dona das sensações, dos sentidos,

Dos afagos, das carícias,

Suavidades e arrepios.

O mapa da vida, minha história

É escrita em ti, tecido incomparável!

 

 

Manto excelente que me cobre;

Me protege, frágil que sou!

E me embeleza. Delicada.

És a parte mais terna de mim,

O véu que esconde minhas cruezas.

Anatomia Poética - Os Pés

Ruma teu rumo em direção ao meu sucesso.

Caminha, trilha a rota do meu destino

Pequeno sustento de minha grandiosidade.

Não vaciles, não adoeças

Para que eu não me curve.

 

 

Tens em tua base o meu resumo completo;

Ninguém melhor que ti sabe minha história.

Tua função é nobre: És o guardião do futuro!

Desbravador, destemido!

Para que eu possa ir sempre mais longe.

Anatomia Poética - As Pernas

És a escudeira perfeita;

Embaixatriz poderosa!

Tua firmeza, de par com tua flexibilidade,

É o necessário para relacionar o presente real

E o futuro onírico.

 

 

Como gostas de brincar!

E de dançar, então!

Tua hiperatividade é a minha tranquilidade.

És o baluarte da confiança,

O elemento mais importante de minha grandeza.

A Ilusão do Poeta

A Ilusão do Poeta

 

Disseram-me ontem, "Todo poeta é um idiota ilusionista"

Em parte está certo, só sendo muito idiota mesmo pra se meter com as emoções humanas e ainda tentar escrevê-las num papel.

Mas como bom ilusionista, ele engana a quem não sabe ler

Pois a ilusão escrita só se mostra pra quem já a sentiu.

 

Charles Silva

Devaneios da alma

Cordas partidas
De vidas passadas
Notas soltas
No universo às voltas

Ondas agitadas
Em mares revoltados
Deleites ousados
Volúpia e gemidos

No silêncio das estrelas
Sob a luz de velas
Almas vibrantes
De intensos amantes

Melodias repetidas
De acordes Sagrados
Dissonantes e perdidos
Com o eco de tantas vidas

Corações apaixonados
Olhares unidos
Corpos entrelaçados
No chão deitados

As cinzas do dia

Agora, resta apenas a cinza
dos dias cinzas.
Presto, rugem as bestas
que guardam os tesouros
e tu, homem, perdeu
o caminho das quimeras.
Está vazios o teu jardim,
vago, o teu leito
e seco, o teu peito.
Roubaram-te a vida
os ladrões da vida
e submerges afogado
pelos sujos oceanos
das perdas e danos.
Sucumbes entre as ondas
das obrigações
que te fizeram querer.
Sufocas por não ter beleza,
por não ter riqueza.
Sufocas por que dizem

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