Geral

Sem Título 24

Ora bem, uma agulha encalhada num viciante
arbusto no momento em que vai começar a cair
representa nada mais que psicológicas represálias
em guerra com as aveludadas lagoas coladas ao aço
de teus nervos alcoviteiros.
Tão transparente como morderes os ramos dos
arbustos e apaixonares-te p’lo seu interior comovedor.

Sem Título 23

Porque é que temos de obedecer ás tormentas?
Porventura serão relógios que se colam nos
corações sem emendas? e depois contaminam nossos
dedos de gume?
Pois, já cheguei à conclusão de que nunca irei
perceber a analítica miragem, por isso só me deve
restar despir a elipse da vertigem! que bom
viver-se doido e doido e sentir-te naufragar na
invejosa aparência!
Hurra, Hurra, que pertinência!
 

Sem Título 20

No sossego da meditação toco nas vestes da
multidão que vão em robotizada marcha para as
camas uns dos outros. Ociosos da lentidão da vida
perguntam-me como podem engatar os órgãos sexuais
alheios excepto ouvirem confissões por
exortações. Eis um colóquio que acaba numa tóxica
orgia no interior dum graxo tabique negro.
Ponto final.

Sem Título 17

Essa macia tarde deveria ser movida para trás
evitando que um nicho de archotes me destapasse o
meu cru estômago desobstruindo imbativelmente
crateras servidas em divisíveis taças que mal
conseguem expiar as monstras vidraças ressentidas
através de sãs mentiras.
viajantes mentiras.
 

Sem Título 15

Em certa circunstância alcateias de mármore
uivavam aos artificiais frutos nefando passada
beleza cansada, de levar pancada do nada. A tal
pancada belisca-me, a beleza do acaso assume-se
secreta forma a forma num herético paralelepípedo
pré desenhado na anti-queda das ninfas encosta ao
lado. Após cumprimentarem com salvas as
lavadeiras nas suas cisternas, constatei que a
beleza é a perfeição com que o ar se desloca em

Pages