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Anatomia Poética - Os Braços

Orgulhoso amigo:

Tua força é inquestionável,

Teu valor, imensurável.

Mas tu és tão vaidoso!

Não perdes oportunidade de te exibires.

 

 

Como se enganam contigo!

Acreditam que foste feito para a guerra…

Teu deleite é o amor!

Adoras estar em volta de alguém,

Entrelaçado em outro como tu.

eu conto-vos

Era noite,
ela vestia de seda.
Fotografia de uma deusa de jasmim.
Chovia
no poço do meu quintal.
Víamos a chuva;
terceiro andar do paraíso.
Outono sem quimeras.
Eu, praguejava com a caneta,
ela, vendia sonhos na garagem.
Ordem desconcertante,
leis sem sentido,
livres.
Partilhamos agora da mesma cama,
sim… mas…
como irmãos, vocês sabem.
Falamos de tudo um pouco.

AMIZADE

 

 

 

 

                                                                                                                            AMIZADE

 

 

 

Quando eu tropecei e caí – deste-me a mão,

meu bom amigo.

Arpoador

“O mar, a brisa, as ondas,

Reflexo do sol no mar,

Cheiro da maresia,

Areia e a pedra...

Caminhei muito na areia,

Caminhei muito naquela pedra,

Olhei o por do sol,

Olhei e sentei...

Sentei na areia,

Sentei na pedra,

Escutei as ondas,

Uma canção ao fundo toca,

Uma brisa vem do mar,

Arpoador,

Faz parte de mim,

Fez parte de mim,

De dia e de noite,

Por lá caminhei,

Por lá fiquei,

Nesta praia e pedra,

Ancorei...

Arpoador,

Canções inspirou,

Roda da Vida

“Roda gigante,

Roda a roda,

Segue para frente,

Vai para trás...

Gira nas mãos do menino,

Gira nas mãos de alguém,

Gira pela estrada,

Vai em direção de alguém...

Roda a roda,

Roda pela vida,

Gira a roda,

Gira a vida,

Gira o mundo,

Pelo mundo eu giro,

Pela vida a roda gira,

Pela vida a vida gira...

Gira...

Volta de onde voltou,

Roda por onde rodou,

Segue por onde rodou,

Rima a roda por onde rimou...

Vira a roda,

Gira a vida,

Sociedade Sem Valor

“Visões terríveis,

Tempos estranhos,

Flores fechadas,

Fontes secas,

Manhãs sem sol,

Noites sombrias...

Gritos sufocantes,

Folhas quebradas,

Frios do vento,

Frios do vento...

Somos números,

Somos apenas um,

Não temos importância,

Valores esquecidos,

Sociedade perdida,

Quanto você tem ?

Diga quanto você vale ?

Seu valor é sem valor...

Seu caráter é sem caráter,

Não falamos mais da palavra,

Não temos mais palavra,

Onde está o digno ?

Palco de Nossas Vidas

“No passado eu sonhava,

No presente eu sonho,

No futuro me lembro,

Das chuvas que tive,

Dos momentos que vivi,

Das tristezas e alegrias que passei...

Vivi momentos,

Sonhei verdades,

Vivi inverdades...

Vivi momentos,

Vivi...

Se foram verdades,

Se forma mentiras,

Se não reveladas,

Apenas vivi...

A vida é um palco teatral,

A vida são máscaras,

São personagens que vivemos,

São mentiras verdadeiras,

Mas, mas,

Se vivemos uma mentira real,

Tenho Você

“Vida serena, digna serena,

Vida sincera, digna sincera,

Medo assustador, digno medo,

Frio no corpo, digno corpo...

Noite sombria, medo tenho,

Sombras tontas, perseguem você,

Vidas feridas, vidas sofridas,

Caminhadas marcantes, sim, marcantes,

Indefesa e fiel, digna fiel,

Leal e verdadeira, exigente leal,

Verdades feridas, vidas feridas,

Sonhos e futuros, sonhos...

Tenho sim, deixo sim...

Faço o fazer, vejo você,

Deito e vejo, sigo você,

Confio na palavra, palavras veem...

O que somos

Um vazio que pretendemos preecher, vazio vao e nú

O silêncio correndo nas nossas veias, por onde andamos

A saudade que és tu o sentimento que perdemos

Escorrendo pelas lágrimas que deitamos dolorosamente

No silêncio de quem chora a partida de toda a gente

Inquietante é o vazio que nos persegue

Sem culpas no criva de gritos rebentando os poros da pele

Pela felicidade que já existiu, e ficou lá atrás

Com ela levou, risos e vozes, e nunca mais voltaram

Despidas as almas, tristes e infelizes

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