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DIA DE CHUVA

O céu vestiu-se de negro, em toda sua imensidão!

Vi, o crepúsculo a minha frente. Não senti solidão!

Como a rajada de um vento cortante,minh'alma estava.

Não sei o que, realmente buscava!

Mas...na escuridão...

O dia tornou-se negro!

E veio os primeiros pingos.

E como se, em conta gotas! Molhavam minha face...

Meu corpo...

A medida que a chuva fria, de mim se aproximava!

Mas sentia eu. Aquele gosto de quero mais!

Como se quisesse, atender meu desejo...

O céu riscou-se de fogo!

INFÂNCIA AMADA

Na grama, observando nuvens,

Nós, em crianças brincávamos!

Deitávamos, vários!

Lado a lado!

Meninos e meninas.

Em inocentes tocs,

Sempre, para chamar a atenção,

As formas de bichos, duendes...

castelos, mágicos!

Que densas nuvens, se tranformavam.

Coisas... de nossa imaginação!

Passávamos horas... e horas!

Escarrapachados sob o sol.

Sem protetores solares, repelente.

Sem nada! Sómente nós.

Protegidos, pela infância amada.

 

Defunto

Brando este sono e me abraço
Em meu corpo defunto e me desfaço,
Em mil terras, larvas, e coisas parvas...
É meu sono profundo, e meu resto é teu mundo.

Baloiço que é vida
Sobe, desce e que cresce.
Curva de sina - linha sentida;
Saltam-me os pés, camarada,

Saltam-me, e de mim saem.
Descobrem desertos e ventos de marés,
Desenham-me em vida, porém
Apenas eu sou, porque tu és.

E o corpo me queda...
Num silêncio acrescento
E não sei se me aguento
Neste sono que é seda.

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