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Ah, meus versos

Ah, meus versos

 

Ah, meus versos querem sua autonomia

Querem ser livres e sair a voar

Querem de mim se distanciar e viver na boemia

Só querem uma cousa, amar!

A minha única alegria

E que um dia eles irão voltar.

 

Versos que com tanto amor recebia

Minha devoção que jamais pude eu postergar

Tão distante neste dia

Que somente ao lembrar ponho-me a chorar

Meu acerbado pranto nessa perfídia

Que na elegia pôde se abrigar.

 

Ignomínia que furtara minha alegria

Ancoradouro

Ancoradouro

 

Há um barco ancorado esperando pelo futuro, suas amarras são fortes e o mar não consegue arrastá-lo. Há cordas no convés e café em cima de um pequeno fogão náutico. Há cobertas impermeáveis para o caso de tempestades, há cartas náuticas e bússola junto ao leme. Um pequeno barco que anseia o mar aberto, pronto pra partir, mas em sua solidão humildemente espera o seu capitão comandante. Sem a voz de comando ele é só um barco no ancoradouro.

 

Charles Silva

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