Geral

Tédio, Cerveja e Violão

Visão estática, mente apática, coração frio

Cama vazia, lençóis de linho, cheiro de pinho

Computador ligado, teclado parado, não quer escrever

Mesa posta, talheres do lado, mas sem se mexer

Entro no meu quarto, mas ele não quer me receber

O tédio ronda o meu quintal, e tudo fica tão igual

Corro pra cozinha, abro a geladeira, o antídoto está lá

Doze latas de cerveja, abro logo a primeira pra melhorar

Pego o meu violão, toco logo uma canção pra me aquecer

Depois da quarta lata e duas canções, vim aqui escrever

 

Letras do Poeta

 

Ninguém percebe algum começo neste vago silêncio de Cinderela,

Sem um quê de vida para tomar nota.

O que deve então ser já que nada és

Não és, mas existe e vive, respira, pulsa...

O universo palpita a tomar lugar do ser

Em sentido louco para ejacular

A desenhar símbolos espermáticos

Em conflito com a forma, mas na forma

Bem como estrelas bordadas no céu não escrito ainda.

 

Vejo-as acordando nesta manhã branca de pura página

Não usada aos poucos no pouco da espera

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