Geral

Não sei

Sempre que escrevo fico a pensar...
Essa folha de papel sairá desse caderno e ir para um livro?
Verei pessoas segurando meus livros contra o peito?
Verei críticos analisando meus poemas?

Quem irá perguntar pelo meu livro um dia?
Será que um dia estarei numa sala falando sobre poesia com os grandes?
Andarei nas ruas e ver meu livro numa vitrine?
Escutarei meu nome vindo de um desconhecido?

Atrapalhando a lua

Atrapalhando a lua

 

Estava eu tomando um banho de lua e veio um cara me atrapalhar

Estava eu contemplando a lua, e o cara, a lua quis apagar

Enquanto eu olhava a lua, veio um cara querer me cobrar

Estava eu vendo a lua veio um cara e...

Dei-lhe um safanão, sai pra lá Zé culé

Por acaso a lua é tua?

Para de atrapalhar o meu poema

 

Charles Silva

È no poema...

É no poema que eu posso chorar sem ser criticada em nada
Eu posso ser eu... e ser muitos.
É no poema que eu desabafo os meus amores, as minhas dores, as minhas vidas.
Eu respiro mais fundo e choro por dentro conversando com o papel
São nos versos que eu fico tranquila, mais calma
No papel eu viajo em mil mundo,conheço mil pessoas,conheço a eu mesma.

Eu desabafo coisas que nem eu sabia que podia
Desabafo sobre tudo, sobre todos.
É no poema que eu posso viver, posso sonhar.

Ela

Ela

 

Uma frota de sentidos, uns imundos, outros dóceis, alguns amáveis, muitos outros são extasiantes. Delicada num dia, noutro é puro veneno. Entre o simples e o complexo, permeia-se entre os dois, tudo é uma questão do que se busca. Direta, reta, parada. Segredos não são para se mostrar despudoradamente. Inteligível e ilegível num vai e vem que me avassala. Nada é pra ser formalmente legível.

Charles Silva

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