Geral
Da janela do metrô
Autor: Jonas Batista Neto on Monday, 3 June 2013Da janela
Prédios e trilhos
Buscam sentido
Absorver o sol
Ou a frieza do asfalto.
Passando
De metro
Os olhos
Cabeças baixas
Sonolência
Ouvidos atentos
Violência.
Estações
Da nossa história e de vagões
Nem só de felicidade se brinda
Mas também por ter vida.
Navegar é preciso
Autor: CharlesSilva on Monday, 3 June 2013Navegar é preciso dizia o poeta luzitano, concordo, pois meu barco quer zarpar
Ao navegar é preciso seguir as correntes, muita atenção a direção dos ventos
Como navegante atrevido que sou, recolho minhas âncoras e deixo o cáis
Tempestades sei que viram, recolho as velas, aciono motores, sigo a bússola
Quantos mares singrarei em busca de mim, atravesso oceanos intermináveis
Golfinhos a direita, baleias no horizonte, cardumes seguem minha rota
Uma vez em alto mar, todo cuidado, pois, navegar é preciso, dizia o poeta luzitano.
Charles Silva
CRÔNICA DA MORTE POR NADA
Autor: CharlesSilva on Monday, 3 June 2013SÉRIE: “ CRÔNICAS LITERÁRIAS ” – P/Charles Silva
Crônica: 2 de 54
Título: “ CRÔNICA DA MORTE POR NADA. “
Paixão literal
Autor: CharlesSilva on Monday, 3 June 2013Paixão literal
Amante das palavras e da linguística
Sou amigo dos verbos, namoro as vogais
Adoro a perfeição das consoantes
Deliro com as conjunções e locuções verbais
Advérbios são minha companhia predileta
Pretéritos, gosto de abusar deles diariamente
Vou do perfeito ao imperfeito, escolhendo sujeitos
Substantivos me são atraentes, mas prefiro objetos
Diretos e indiretos, também convivo com adjetivos
Amo a língua portuguesa, e ela sabe disso
Charles Silva
Coisa que não se procura
Autor: CharlesSilva on Monday, 3 June 2013Coisa que não se procura
Sinto muito, mas tenho pressa
Autor: CharlesSilva on Monday, 3 June 2013Sinto muito, mas tenho pressa
Sinto muito, mas tenho pressa, não vou esperar construírem-se castelos de areia a beira mar, eu não preciso deles. Certamente o mar os derrubará. Sinto muito, mas tenho pressa. Meus lençóis não gostam de visitas. Eles têm pressa. Já avisei a minha porta, se alguém ela deixar entrar, será para não ter mais nenhuma pressa.
Charles Silva
Anônimos
Autor: Fabio R. Villela on Monday, 3 June 2013SINA
Autor: ALEXANDRE CAMPANHOLA on Sunday, 2 June 2013Já vaguei por ínvios vales,
Como um doudo passarinho,
A fugir de tantos males,
Sempre em busca de meu ninho!
Respirei mais de mil ares
E habitei as ventanias...
Não pilhei os patamares
Que sonhei viver meus dias.
Meu Deus! triste e solitário
Embucei-me em tanto engano,
Só encontrei rente ao calvário
A paixão de um soberano.
Já segui turbas bacantes
E sorri com os mendaces,
E por infindos instantes
Vi a dor correr nas faces.
O MAR ME CHAMA
Autor: ALEXANDRE CAMPANHOLA on Sunday, 2 June 2013Eu vou-me embora! Agora o mar me chama.
Não chores Marina, amorosa dama,
Preciso muito as ondas enfrentar.
Ouço da Iara o canto feiticeiro,
Não me iludas c`o pranto derradeiro,
Não vai adiantar.
O mar me chama, escuto o seu gemido...
Mesmo que eu seja um homem dividido,
Minha áurea sina tenho que seguir;
Este desejo é uma brilhante estrela,
Que me conduz à condição tão bela...
No horizonte sumir.