Meta da Vida
Autor: Leonardo Peracini on Monday, 20 May 2013Em algum dia, todos irão morrer, mas nem todos irão atingir a meta da vida, seu sentindo último.
Em algum dia, todos irão morrer, mas nem todos irão atingir a meta da vida, seu sentindo último.
Diz uma velha canção
Tire seus olhos de mim, tire suas mãos de mim, tire sua tirania de mim, tire suas garras de mim, tire sua vida da minha. Não posso me permitir essa escravidão emocional, preciso respirar, andar livre, caminhar sozinho. Preciso aprender a viver com as minhas fraquezas, meus pontos fracos não podem ser usados para manter teu poder sobre mim. Preciso aprender a ser só, como diz uma velha canção.
Charles Silva
CASTELOS E SONHOS
Construímos castelos, mas os mares da vida os derrubaram.
Depois inventamos sonhos, e as luzes dos dias nos despertaram.
Fizemos tudo certo e horas tudo errado.
Deixamos sonhos por sonhar e castelos por fazer.
Nossa estupidez acabou com nossos castelos e nossos sonhos.
Charles Silva
Ela era um talher de prata,
Ele uma manhã de cama macia.
Tudo que dois jovens não eram
Eles eram
E como eram.
Lembro que um segurava o som com os ouvidos
O outro dançava na calçada da noite nua.
Mundos foram bailes e universos lábios
Pernas de sono e gestos carentes de sim
Ouvia-os sempre que estavam ausentes de minha
Tumultuada vida de jardim feito para borboletas
E canários de sol.
Será que cordões amarram em nó todo o universo
Ainda feito de seda e canção para ninar?
Era
Era tarde e um vento frio entrava pelas frestas da janela
Era madrugada e eu vigiava o teu sono tranqüilo
Era o sono que me faltava e eu contemplava o teu
Era um cenário, pouca luz, muito silêncio
Era eu querendo ver o amanhecer
Era eu esperando tu despertar
Era eu querendo ver teus olhos
Era eu querendo dizer-te bom dia
Era eu querendo ver teu sorriso
Era um tempo em que era feliz
Charles Silva
Naftalina
Guardei no armário algumas velhas emoções. No fundo de uma gaveta junto com algumas bolinhas de naftalina, pois não quero que elas mofem nunca. Porque mofado estou eu sem essas velhas emoções que tanto me fizeram bem.
Sob trêmulas sombras ando,
Como um verme desalmado.
Julgais-me um anjo nefando,
À mofa sou destinado!
Em meu mundo vive um bando
De colossos desvairados.
Ouço a voz de um rouco
E à noite, ele me acompanha.
Disse-me ser um dos poucos,
Que de mim não sente sanha.
E, afirma que me fez louco,
Porque a vida é mesmo estranha.
Muitas vezes, um tormento
A luz que me guia invade;
Em veneta, no nevoento
Universo dos covardes,
Eu choro como um avarento
Que não tem mais seu alarde.