A angústia que me corroi.
Esta ansia de ser alguma coisa.
Esta duvida do que fazer.
Com a apatia que me paraliza.
A loucura já me chamou.
Estou com ela. Sentado,
Num banco de jardim, a olhar.
Para a sanidade que passa.
Só quero ser eu,
Mas esse já foi.
Já partiu.
Sem dar explicaçoes.
AO ADORAR
A DEUS
EU NÃO
FICO
POR AQUI.
DEUS NOS PROTEJA
ARMA-SE O PADRE
SEMPRE NO PALCO
SEM SABER DE DEUS
E FICANDO PÁLIDO.
MEU DEUS
SERÁ BOM
VOLTAR?
E ASSIM É
ESTE LUGAR.
SOU EU,
DE TUDO.
Agora eu conto
O que eu soube no Texas
Em minha juventude
(não vou contar a tomada de Álamo,
não escapou ninguém para contar
a tomada de Álamo,
aqueles cento e cinqüenta estão mudos
ainda em Álamo):
esta é a história do assassinato
a sangue frio
de quatrocentos e vinte moços.
E agora, cavalheiros, eu lhes deixo
Uma palavra
Para ficar nas mentes de vocês
E nas suas memórias
Como princípio e também como fim
De toda metafísica.
(Tal qual professor aos estudantes
ao encerrar seu curso repleto.)
O SONHO
DE REALIZAR
É UM DIA
A REVOLUÇÃO
SOMENTE O SOL
ME RESPONDEU
E UM DESEJO
DE VER O DIA
A CLARIDADE.
Nossos corpos na areia
ao sabor das ondas do mar
são como náufragos desesperados
pela vida a lutar...
Teus beijos salgados
temperam a minha boca
o sol que nasce em teus dedos
queima a minha pele já louca...
Nosso amor no areal
estendido pela paixão
é castelo esculpido
pela arte do coração...
Desejos de areia
ficam na praia gravados
nem os ventos de Inverno
os levam para outros lados.
Ártemis