De tantas vezes me Faltaste
Autor: Joana Trindade ... on Friday, 15 September 2017
atravesso o umbral da literatura para poisar num oásis profícuo onde as minhas façanhas revoluteiam em circunspectas evoluções.
o sentimento flui numa paisagem que se estende desde o orifício das ilusões até ao imponente olhar que agride a nostalgia quando dilacera as missivas que enredam a solidão.
Sozinho eu seguia pela estrada da vida
Sempre buscando por uma saída
E do sol deste mundo eu queria sentir o calor
Quando alguém um presente me deu
Era um livro que falava de um Deus
A sua presença era puro amor
Ele vivia no céu em sua glória
Dizia que seu filho aqui ia descer
E a minha historia mudar para sempre
Foi quando alguém me falou
Que encontrou com Jesus o salvador
E a sua vida mudou completamente
Então eu peguei a minha bagagem
Sem pensar no caminho e na viagem
invalidei uma festa desmedida ao aperfeiçoar os dísticos que ora escrevo em poesia: os seus enlaces ainda sobrevoam a tessitura circundante mas a inspiração usa uma foice que os rasura.
os turbulentos horizontes tergiversam na memória gerando postais onde os sintomas irascíveis transmitem ao vate um comportamento periclitante.
INEVITÁVEL
Achava normal o impossível
a realização do inevitável
aceitando sempre o insuportável
como se tudo fosse casual.
Não tenho acaso em minha prece
me insisto em tudo que acontece
aconteço no meu desconhecer
me encontro em querer me ver.
Só me basta uma oportunidade
pra entender que o inevitável
está perto do insuportável e
estamos perto de um esquecer.
Assim me lembro e me repito
duplico, triplico sem finalização
porque sou recordação de mim
em cada momento da imaginação.
as palavras que imaginei enquanto as falcatruas lustravam os sortilégios da quezilenta estrutura; o desempenho destro e vigoroso dessas palavras sobre os traumatismos.
Que duro seria se meu poema tivesse apenas uma linha.