rumores essenciais
Autor: António Tê Santos on Tuesday, 25 July 2017a liberdade releva dos intentos que aviventam a fímbria dos dias quando a sua exuberância organiza os sentidos que a transportam.
a liberdade releva dos intentos que aviventam a fímbria dos dias quando a sua exuberância organiza os sentidos que a transportam.
a água turva onde mergulhei os meus desenganos e as facécias que interpus entre mim e o infortúnio; a ação malfazeja dos sentidos sobre os efeitos que repercuti na álgebra que agora flui.
regulo a terminologia dispondo as mágoas no juízo ou esculpindo as evidências soerguidas pela franqueza quando o porte é o dum poeta cordato inserindo nos folguedos a avaliação.
os requebros da angústia enaltecem as configurações delituosas mudando-as para uma rebelião capciosa quando os amplexos não suplantam a miséria de viver.
Ruidosa e ensurdecida é a mente.
Grita silenciosa.
Arrasta a multidão caliginosa
no abismo do pensamento doente.
Sabes que a mente mente?
Reiterações de interrogações
propositando uma alma diferente,
uma consciencia omnipresente,
que abraça todas as gerações.
A mente é mentirosa,
uma miragem vertiginosa.
Obstrução do tempo presente.
transporto na ideia fardos caídos dum edifício violento que ecoam onde as refregas são consentâneas com a lisura de poeta; onde o sonho deseja arrasar a tessitura circundante com lágrimas que divergem da azáfama existencial.
sacudo a marcha do ócio ao repuxar o transitório sofrer; avanço estimulando a loucura que incendeia a minha compleição; devasto as suas asperezas ao excitar a liberdade que idealizo.