Meditação

MEU ÚLTIMO VOO

Não precisei ir muito longe a meu passado para encontrar dentro de mim, um velho P-47, isso mesmo, um THUNDERBOLT!
Que por muitas vezes buscou refúgio dos seus inimigos nas mais densas e escuras nuvens,
Donde os via zig-zagueando muito abaixo de mim,
Já noutras, banido pelas tempestades, atirou-se nos braços do inimigo e sofreu grande avalias.

(Sem título)

Ouvir por dentro. Clarear.

Quietude. Eu. Êxtase, na eclosão.

Eu. Marulho. Virtude, crença e oração.

Tudo está nos sentidos.

Existir. É ser brisa em corpo quente

antes do senso, voz certa, eu,

som áspero, vento de rajadas grossas.

Pensar. A doença dos olhos, trocaria eu

a sua fala pela do vento,

um simples halo de sol, pela facúndia 

da figura falante. O amanho

da alma é querer ser cor, cheiro

e substância, na primeira apanha.

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