For impossible
Autor: Duarte Almeida Jorge on Saturday, 4 February 2017For impossible,
To be believable,
First you must try.
For impossible,
To be believable,
First you must try.
transladaria as palestras para o lugar onde os garimpeiros aniquilam a liberdade se o frémito da riqueza derivasse para uma aceção que excedesse os antagonismos.
guardei as façanhas dentro dos copos que vou tirando de prateleiras reforçadas.
as palavras que o sol vitima nas querelas e falácias rotineiras.
os danos que a indulgência transporta para o lado da sensaboria.
um poeta brusco escava brechas por onde repuxa a liberdade.
neste mundo sombreado relevo as palmas oprimidas pelo acinte e pela inveja.
as cócegas triviais das fantochadas solidárias.
há poemas e cansaços numa mescla projetada em angústias renovadas.
o vitupério alonga-se até à praia dos costumes onde desfalece sem ressonância.
sustento uma esdrúxula amizade num comboio que não chega a partir.
agito clavas na vizinhança duma terminologia façanhuda.
sou daqueles que reprimem os impulsos que ecoam o silêncio malvado.
os cardos que no meu torso estampei pelos socalcos de dolorosas vocações.
as presunçosas adversidades dum homem emergindo das suas convicções
transporto na bagagem os esboços das ideias e as fraudes dos modelos que inspirei.
as palavras foram vívidas no meio das agruras que a cárie sublinhou.
a jornada começa num lugarejo que acolhe no seu ventre um menino perturbado.
pelas narinas da sua solidão vaguearam excentricidades.
a lua parece um trompete quando ele concebe um jardim e o atira para o centro do mundo.
os bêbados inspiram-no quando introduzem cervejas no arquejo do sofrimento.
as suas lições são ministradas nos redondéis quando a instrução o pretende encegueirar.
formalizei tópicos em lugares onde capturei o verbo amar; agora robusteço no império da erudição versos subliminares.
reinvento as gravuras genuínas que ilustram os adágios tradicionais.
transferi o desafeto para poemas que transpuseram as ranhuras do saber.
encontrei os fundamentos das combustões que lavram pelos itinerários da humanidade.
o homem resumiu deus a um mero produtor de afagos mundanos.
morei dentro de cantigas que difundiam gemidos existenciais.
o balcão manchado por aqueles que flutuam à volta do redondel existencial.
a razão busca o lugar severo donde possa afugentar os inimigos.
o aniquilamento da fé nos patamares álgidos onde se consolida a individualidade.
a hipocrisia é a maneira vulgaríssima de transverter a realidade.
quando a urdidura convoca as querelas e as dispõe sobre uma bandeja lacrimal.
A DICÇÃO INDISCRETA
a dicção áspera do estrangeiro que comanda as nossas tropas.
A HUMANA PLASTICINA
tantas pátrias humilhadas pelos fantoches que caminham sobre as brasas da embriaguês.
A PROVISÃO EMOCIONAL
arremeto contra os fundamentos cabotinos desdobrando o espiráculo da imaginação.
A SÍNTESE DA SAPIÊNCIA
está em tudo o que os bramidos transportam ao raiar dum dia macilento.
A SINGULARIDADE REPRIMIDA