Meditação
a admirável metamorfose
Autor: António Tê Santos on Sunday, 15 January 2017a têmpera dos protagonistas é avaliada trazendo à superfície os relatos que destampam a sua valentia; irrigando as flores que jazem sobre os seus túmulos; enchendo o vácuo com as suas comoções.
a admirável metamorfose
Autor: António Tê Santos on Saturday, 14 January 2017as inventivas explicam os laivos duma angústia, as grosserias exacerbando os pleitos que conduzem a caravela pelo itinerário das desafeições.
a admirável metamorfose
Autor: António Tê Santos on Friday, 13 January 2017há tréguas que matizam este existir sangrento, versos que animam as danças inseridas nos catálogos das gentes, tópicos que poisam no tejadilho das desgraças dando-lhes consistência e exaltação.
Elevo com relevo aquilo que me apetece
Autor: Duarte Almeida Jorge on Thursday, 12 January 2017Nesta sociedade hipócrita que sempre recusou,
A realidade de alguns que nunca tiveram nada.
Uma necessidade incendiada porque quem a queimou.
Um história esquecida, omitida ou alterada.
Eu sou quem eu sou, ação ou palavra,
Herdei do meu avô esta vontade de cantá-la.
Eu sou a voz infindável, garra imparável, a mão coberta de terra enquanto a escavava.
Eu sou cada dádiva, eu sou cada lágrima, eu sou a paz, a guerra, eu sou a raiva.
Sou a falta de sono, sou aquele que não esquece,
Ás vezes sou o frio que a noite te arreferece,
Na Arrecadação da Minha Memória
Autor: Joana Trindade ... on Thursday, 12 January 2017Na arrecadação da minha memória,
empoeiradas prateleiras
de livros com a história
de um passado que merecia o presente.
Rasgo a sombra.
Entro na luz
e viajo abraçada
a mim.
Esfolo a pele.
Arranco o cabelo.
Despersonificada a minha alma,
o lugar das alucinações
Autor: António Tê Santos on Wednesday, 11 January 2017ergo-me num lugar onde uma sombra progride sem que os afetos alisem os alvoroços de raiz porque há formações que inovam as regras dirigindo o labor de serpentes caprichosas.
o lugar das alucinações
Autor: António Tê Santos on Tuesday, 10 January 2017um toldo na praia deserta e sobre ele uma gaivota sintonizando a obrigação de produzir recados díspares numa liça que transmuta o desejo de pertencer à tribo que envia palavras soltas para um cemitério onde as vozes se repercutem, azafamadas.
o lugar das alucinações
Autor: António Tê Santos on Tuesday, 10 January 2017um toldo na praia deserta e sobre ele uma gaivota sintonizando a obrigação de produzir recados díspares numa liça que transmuta o desejo de pertencer à tribo que envia palavras soltas para um cemitério onde as vozes se repercutem, azafamadas.