páginas timbradas
Autor: António Tê Santos on Friday, 19 August 2016os homens que se atrasam a restaurar os amplexos amorosos intentam adquirir lugares metafóricos onde se recriem facécias que destruam os murais do horror.
os homens que se atrasam a restaurar os amplexos amorosos intentam adquirir lugares metafóricos onde se recriem facécias que destruam os murais do horror.
as rosas que ecoam são híper aromáticas e transportam a perícia em incrustar nas palavras o lume da razão; são rosas que esvoaçam na mente ao injetarem harmonias que diluem a tormenta.
ascendo os degraus da solicitude entre estrondosas representações arrastadas para uma cloaca encharcada pelos tinteiros dos poetas.
as reprimendas sofregamente se insinuam nos cômoros da virtude com réplicas que caducam a todo o momento; e os eremitérios lá longe vertem lágrimas divinas.
Pensamentos meus...
Coisa essa que não consigo evitar
Coisas que voam da cabeça para alma
Que deixam meu coração confuso
Que fazem da alma um meio de transporte
Para que o amor consiga chegar até mim
Do jeito mais rápido possível
Que faz da minha razão uma bagunça
Invade meu corpo como um carrossel de sensações
Mexe na cicatriz que havia sarado
E a faz sangrar novamente com sua presença
Não quero enxergar seu nome no meu destino
Quero escrever minha própria história
as palavras austeras estão cheias de discretos exemplos de egocentrismo que se avolumam quando o lugar é fulgurante: quando a promiscuidade se esconde atrás dum arvoredo e a vida aparece grudada ao arfar duma espingarda.
Nada De WhatsApp
Quero tirar as sandálias,
andar pela floresta descalça.
Quero olhar as estrelas,
entre as árvores do bosque,
esquecer a bronca do chefe,
andar sem ninguém saber por onde ando,
desligar o celular e nada de whatsApp.
Quero sentir a liberdade!
Refletir sobre o amor...
Tão escasso, confuso,
mas sempre vencedor.
a opressão incentivou a fuga ao silêncio lendo romances ou entoando cantigas de amor: foi uma jigajoga que nos fez grandes quando a grandeza era uma promessa irrecusável.