Eu criança
Autor: Duarte Almeida Jorge on Friday, 13 November 2015É sempre a mesma coisa, tudo tão igual, dia após dia.
Nesta transição de dia para a noite, felicidade para tristeza, constante rotação de efémeridades repetitivas, prolongo-me na sua monotonia relativamente fléxivel.
Provavelmente nunca serei aquilo que para mim tanto mereces.
Alguém que te leve a almoçar a Veneza, e a jantar em Paris.
Que te faça sentir mulher perante a plateia que incansávelmente tentamos impressionar.
As tuas necessidades saciadas com uma voracidade que não permite insatisfação, ou qualquer tipo de frustração.