Contemplação
Autor: fernanda r. mesquita on Sunday, 23 March 2014
O cipreste que se ergue no pátio
Na calma neblina da manhã
Dita em arrogância e coragem
A vida que lhe sobra por entre
A seiva, a corrente e a vagem
Iniciáticas todas as imagens
Destes elementos imutáveis de real
Nós é que sobramos da paisagem
E nos esfumamos breves no coral
Na praia, na planície e no areal
Ficam os nossos objectos, os resquícios
Reais de nós, como rastos de lava
Pedaços de vida, rastos de caracol
E a carne quente e astral do que somos
ORAÇÃO DE UM MUNDO AFLITO
Senhor, dá-me uma saída... Para eu ver suas promessas se cumprirem na minha vida. Ouve o que tenho dito, palavras de um coração aflito!
Não que, preciso ver para crer... Porque creio sem ver!
Estou cercado, de todos os lados! Como têm crescido o número dos meus inimigos!
São mais numerosos do que os cabelos da minha cabeça! Salmos 69: 4
Senhor, não deixe que eu pereça... Estou aqui, á confiar, que Tu irás me ajudar...
Não há outro Deus em quem posso esperar.
ORAÇÃO DE UM MUNDO AFLITO
Senhor, dá-me uma saída... Para eu ver as suas promessas se cumprirem na minha vida... Ouve o que tenho dito, palavras de um coração aflito.
Não que, preciso ver para crer.
Porque creio sem ver! Estou cercado, de todos os lados!
Como têm crescido o número dos meus inimigos!
São mais numerosos do que os cabelos da minha cabeça! Salmos 69: 4
Senhor, não deixe que eu pereça... Estou aqui, à confiar, que Tu irás me ajudar.
Não há outro Deus, em quem eu posso esperar!
Não me interessa se estou para morrer,
Pois a minha vida a muito que levas-te.
Não me interessa se te vou esquecer,
Porque tu de mim jamais te lembraste.
Não me interessa se guardas de mim rancor,
Porque a tua opinião nunca foi boa a meu respeito.
Não me interessa se sentimos, ou não, amor,
Porque há muito roubaste o coração do meu peito.
Vem de ti, quando erras pelo areal
A longe teu palácio de cristal
Olhando, toda a candura infinita,
O orvalho que dos olhos do eremita
Fulgura numa manhã radiante.
E, como se isso não fosse o bastante,
Vem de ti as alvas pombas do céu,
Dos campos lautos o fagueiro mel,
Os anjinhos que brincam no ribeiro;
O teu olhar casto é um celeiro,
Onde se encontra da vida o tesoiro,
Onde resplendem os sonhos vindoiros.
Teu perfume na corbelha de flores
Causa no seio intensos amores.
Hino ao Compromisso
Levanta os olhos e abre-te à luz.
Cumpre desejos. Eleva os sentidos.
Anseia mais... Segue quem te conduz.
Segue esse rumo... Não serás vencido.
Traça um destino, vê a vida à frente.
Despe o orgulho que te prende a mente.
E procura a paz mesmo que distante !
Vai saber-te bem em ser triunfante.
Cerra essa raiva. Busca nova vida,
Mata aquele ser que t' assombra a ida.
Prende a vontade, não pode fugir.
Olha a claridade e faz por sorrir.