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quando a virtude é introduzida na estrutura que nos bloqueia fortalece a nossa confiança; ladeia os exageros que ocorrem nas nossas agrestes caminhadas; reforça a impulsão dos nossos generosos ideais.
a angústia progrediu pela estrada do tormento impulsionando-me para o teatro das configurações delituosas; depois para o vácuo onde a tristeza predomina; depois para o fulcro da solidão onde descobri a poesia.
os vocábulos escaldam no espírito dos poetas mitigando os seus danos e as suas altercações; recriam o seu discernimento quando lhes enviam palestras transfiguradas por um intenso alvor; desenrolam as suas quimeras para que elas enalteçam a fraternidade.
os eruditos orientam as minhas divagações intelectuais: regurgitam pensamentos que me obrigam a entender o mundo e os seus tumultos descontrolados; transplantam para o meu juízo os seus corolários dominantes.
as leituras avivaram-me o íntimo destruindo as teias onde jaziam as minhas angústias: os vocábulos libertaram-me através duma escrita debutante enquanto os traumatismos permaneceram na margem dos meus sonhos adolescentes.
foi numa masmorra que as asperezas mundanas deram o seu contributo à minha inspiração; que o descontentamento alimentou o meu pranto; que o meu versejar se exibiu para que as sequelas impuras desaparecessem de vez.
perfilho ideais que remontam uma escadaria triunfal para desmascararem os movimentos contraditórios da humanidade; que lobrigam o zénite das suas obsoletas atuações para suprimirem as rugas que a impedem de evoluir.
rejeito aqueles que se distanciam das homenagens ao conhecimento; que promovem sistemas arcaicos que instigam os tumultos humanos; que outorgam alvíssaras portentosas aos que singram no núcleo do mundanismo.
a relevante estrutura que me abraça quando lacero a poesia para que ela sangre as façanhas e os desafetos que qualificaram a minha vida; os suplícios balizados pela minha alma pueril; as minhas atuações extravagantes.
existe um lugar ávido onde dilacero o infortúnio sempre que escrevo poesia; sempre que a minha exuberância tonifica o bem-estar e o coloca num pedestal; sempre que aperfeiçoo a minha sensibilidade através do raciocínio.