Pensamento

Grande Sonho

Vou estudar a gramática normativa e deixar de ser poeta
É o que me resta agora com a idade avançando
E o medo do futuro incerto (de ser poeta) me estremece
Infelizmente terei algumas contas para pagar,
Alguns filhos para alimentar
E não será com amor que o estomago deles se encherão
Que tal eu escrever um livro?

Liberdade

Liberte-se. Tal
Liberdade não
Liberta
O achar voar, incerto
Tão perto do chão, da cova
A prova da falsa vida
Liberta
Liberte-se não
Liberdade tal
Dessa liberdade incerta
Dada por tal qual iludido
De ter mente aberta
Ele diz: “querer é poder”
Seu tolo, poder é questão de ter

Não Existo

Quando criança fazia piadas
Diziam como um elogio:
                                                                       -“Ian, você não existe!”
Hoje na faculdade meu professor de filosofia disse
                                                                                  -“Nós não existimos somos projeções da sociedade”
Estou começando a acreditar no dito
Na verdade, acho que acredito

Amizade é coisa rara

Amizade é coisa rara.

 

A verdadeira amizade

É coisa rara hoje em dia

De igual reciprocidade

Mesmo nível de empatia

Que tenha sinceridade

E o prazer da companhia

Acrescido a lealdade.

 

A amizade é um tipo de amor

De Filo é nomeado

E nunca pode pressupor

Interesse ou escuso agrado

Em si está o seu valor

E o seu mais nobre legado

É um ombro amigo a dispor.

 

Hoje em dia há pouco amigo

O que tem muito é conhecido

Que na hora do perigo

Depois Que Conheci Meu Sonho...

Sei, eu era um cara influenciado.
Minha justiça era a do momento...
Andava sempre muito apressado!
Do outro lado do meu talento
 
Mas se tem uma coisa
Que por muitos é esquecida
É coisa de valor!...
Toda minha fé, nessa coisa ponho!
Eu parei de reclamar da vida
Depois que conheci meu sonho...
 
Parei de observar as pessoas da minha televisão
Naquelas cenas que pareciam mágica!

Século Vinte e Um.

Século vinte e um!
Século da informação!
Da tecnologia de ponta!
Da evolução da espécie!
Da inteligência artificial!...
Tudo se modificando
Mais depressa! Uau!!...
Século vinte e um
E o nosso jogo
Cada vez mais animal...
 
Século vinte e um!
Obrigado, economistas-Deuses!
A globalização untou mesmo os nossos comércios...
E as nações juntaram-se em blocos!

Enigmas de Lata!

Pense bem,
Se hoje fosse seu dia inicial
E a corola da flor
Outra vez completa!
(Todas aquelas pétalas que já secaram
Vivas e perfumadas
Dentre o verde do quintal!...)
 
Se tivesse tudo em mãos
Para novamente começar...
Ponderar cada erro sem brigar
Sem ferir nem se machucar.
 
Pense bem,
Desde lá o primeiro degrau!
Reaprender a caminhar...
O colo carente e a colher de pau

Cada

Cada momento, cada moinho.
Por cada vento uma brisa se vai.
Qual fosse o tormento ou o gole de vinho
Seria um bom tempo e traria a paz...
 
Cada momento um tambor sozinho
Que bate grave e não volta jamais.
E se disfarçando de um falso ninho
Por quem mais se ama e se satisfaz.
 
Cada momento (cada espinho)
Que testa o limite do sonho que traz
Denota o erro em cada mansinho
De cada relento, de cada capaz!

Uísque (O Canzarrão)

Na sala estava caído.
Derrotado pelo uísque...
 
Num colchão. Só e estirado!
De tanto que havia bebido
De veneta acabara deitado!
 
Dei boas-vindas com o fôlego da mente
E o esforço, nem sei de qual indução!
Como quem procura e por assim consente
 
Avivou-se um dia todo depois...
Veio ter uma conversa comigo.
Parecia mais um canzarrão!...
Aquela fala áspera de tom grave

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