Prosa Poética
Claustros da noite
Autor: Frederico De Castro on Saturday, 5 July 2025Banquete da solidão
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 18 June 2025
Uma alucinante e anárquica solidão flertou cada hora
Que além desgastada, dormita sobre os escombros do
Tempo tão senil, tão envelhecido e quase, quase escarnecido
Numa barafunda de palavras escrevinho meus versos que
Farram numa alquimia de lamentos tão crápulas e desconcertados
Perpassam com afinco os mais espalhafatosos sonhos tão asfixiados
Assim se banqueteia o tempo numa patuscada de uivos e urros escavacados
Silêncio intrínseco
Autor: Frederico De Castro on Saturday, 15 February 2025Que me importa...
Autor: Frederico De Castro on Saturday, 8 February 2025
Que importa se a noite na sua coscuvilhice se intrigue
Com esta solidão matreira, tão indiscreta e leviana
E trame uma daquelas tramóias fuxiquentas e insanas
Que importa se a luz se desnude numa querela de breus
Intrometidos na urdidura dos silêncios alcoviteiros e profanos
E nós dois intrigados nos entreguemos num bailado de afagos ufanos
Que importa…pois que importa, se na saudade eu ainda
Engendre uma lânguida e trafulhenta memória tão sedenta
Penumbras
Autor: Frederico De Castro on Thursday, 16 January 2025
Na penumbra do dia flutua a luz envergonhada e lacónica
Sutura todas as feridas que brotam de uma prece canónica
Num subtil minuto a manhã emborca cada palavra mais icónica
Pelas penumbras da solidão almofada-se um afago truculento
Impelente e propulsor cada eco sedimenta minhas ânsias opulentas
Alimenta a mais nítida e translúcida luminescência quase rabugenta
Impelido por um espalmado silêncio adita-se à solidão um verso perspícuo
PROCURA POR ALGUÉM
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Saturday, 4 January 2025New Life(nova vida)
Autor: Frederico De Castro on Monday, 30 December 2024
Claudica o tempo emaranhado num segundo tão empírico
Dei um sonífero à solidão para que esta adormecesse pousada
No dorso de todos os lamentos profanados, quase quase degradados
Na aldeia dos meus silêncios escuto o timbre de cada sussurro enamorado
Escovo a cabeleira das palavras onde se penteia o dia sereno e imaculado
Assim me lambuzo com brisas regurgitadas por um poente mágico e exaltado
Nova vida será aquela que, sem desacatos romperá clonando e plagiando as
Ontem passei por aqui...
Autor: Frederico De Castro on Monday, 2 December 2024
Quando passei por aqui encontrei as fenestras da solidão
Tão fechadas, quase algemadas a um lamento especulativo
Apenas consegui tatear donde vinha aquele afago interativo
Ontem passei por aqui e deixei à janela do tempo uma eternidade
Confinada à academia do meu lirismo mais poético e tão cognitivo
Ali me despi e de tocaia embrenhei-me em cada mágico silêncio altivo
Por onde passei passeou-se uma hora prenhe, fecunda e putativa









