Prosa Poética

Privado silêncio

Varri da madrugada tantas visões suspirando tão subjugadas
Ornando a matiz da solidão cada vez mais vergada
Recostei-me no travesseiro do tempo até que este me vista a saudade
Dormitando ao colo de uma solidão comutativa…bem petiscada
 
Ao longe chora um violão deixando no ar acordes

Ser vadio

Embriagou-se a manhã bebericando a luz
Vindimada num florido crepúsculo excepcional
Alimentou o dia com gotículas de vinho doce,lubrificando
A terra ávida, aliciada…cordialmente inebriada
 
Deixo entrar os segredos da noite vadia em mim
E depois converto-os em folias retemperantes que

O Mar

O Mar...

Nem o Mar que tudo quer e tudo tem

Nem o Mar que tudo leva e tudo traz

Nem todos os Mares, Marés e maresias deste e doutros mundos

conseguem levar consigo todas as tristezas ao fundo

E é num turbilhão de espuma,

entre a promessa de uma onda que nasce e outra que morre, q

ue o mar se move, move, move..

E às vezes, ao olharmos para ele,

Sonhamos com coisas Belas

e isso, é o que Mar deseja, o que o Mar quer...

E o que o Mar quer, o Mar ... Tem!

 

P.RestLessMind x (2017)

Silêncio à la gardère

Remota e longínqua refugia-se a solidão entre
A folhagem deste exílio que se esconde tão proscrito
Alimentando e cutucando os ardores poéticos desta mísera
E afinada ilusão serpenteando todo o silêncio em reclusão
 
O silêncio à la gardère recrudesce integro e despojado

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