Despedida
Autor: Frederico De Castro on Monday, 15 September 2014
Despedida
Às vezes
quando meu triste adeus
nunca definitivo
nem restrito
alcança o sentido da vida
me refaço heróico
no timbre das novas canções
intempestivas e impregnadas
de poesia
e até refreio
o refrão daquelas palavras
escondidas na penumbra
desta fogueira já sem chamas
mas ainda resistindo
ateada e melancólica
neste meu poema quase instintivo;
ai de quem não ama
quem perde a alma
e que nunca desarma
o verso mais feliz
no eco da bruma levada
pois a vida nunca é despedida
mas o reencontro de caminhos quânticos
de desbravar horizontes imensos
repletos de fama
semânticos e gentis
até de quem se proclama
por mais um dia de cânticos fantásticos
de um adeus contido num
beijo de quem se ama
FC
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