Sequiosa Sensibilidade
Sequiosa sensibilidade
Suave é o desejo ... que me acorda pela manhã
Dócil e carinhosa, vem a mão aveludada da alvorada
Um raio de pontos luminescentes
Vem aquecer um coração que bate impetuosamente
Vou agarrar a minha caneta
...esse desejo...de escrever o que tenho dentro
Sagaz é minha alma e minha caneta
Que não deixa envelhecer as palavras
Que, quotidianas invadem a tua tez branca
Tatuadas , eloquentes , desbravadas
Sagaz...é o desejo que tenho de escrever.
Simples é o verso que te dedico
Para que leias a cor do meu âmago
Para que relembres o arco-íris que nasce em mim
Quando a chuva se confunde, com os pontos luminescentes
Que nascem de minhas mãos ao romper da alvorada.
Sossego ... apenas uns minutos
Para beber as palavras de sal
E dissecar o fel , que algumas continham
Desmaiam rimas em azul anil
Na folha branca ... escrevo e penso
E não sossego ...apenas bebo sal do teu ventre
Sem querer ...abro a porta do mundo
E lá existe tudo...e quando digo tudo...é tudo
E já não sinto metáforas...sinto apenas...
Vontade de escrever...
Não sei se por fazer parte do mundo
Não sei se por engolir, o meu âmago fundo.
Sofrida...nasce uma criança ...no outro lado dele
Que grande é este planeta, que hipócritas todos somos
Desperto na alvorada do mundo
Esquecendo-me, que há quem precise de mim
Regozijo tenho apenas nas palavras
...haveremos de ter todos o mesmo fim
Sentado na minha cadeira ... faço de conta, que nada sei
O desassossego vem senil e atroz
Escrevo e deixo levar a alma, em pulos de desalento
Quero que minhas palavras te encontrem
No jardim do Éden... e ecoem por todos os planetas
Pontos luminescentes no firmamento.
Sequioso deixo-me levar pelas palavras
Que beleza tem o seu sentido...
Quando não têm sentido invertido
Palavras que nunca serão em vão, se leres e sentires
que neste mundo, tudo ou nada estará perdido
Sombras pardas, cegam os eruditos
para quem tudo faz sentido
relembro as páginas brancas...em que me sentia confundido
e a dor que sinto...jamais será a tua
Pois nunca nos cruzámos...eruditos e eu escrevendo
...porque tenho a alma nua...
Sexto sentido!!??....vem de manhã pela alvorada
penso no que sou , porque nunca serei nada
eruditos tudo dizem...iluminados de nascença
podem escrever á vontade
pois tenho por pensamento, minha crença
Se no alto dos céus nos juntarmos
e fizermos uma tertúlia...não lerei os meus poemas
pois não os levarei comigo
e para quem não faz sentido...
deixo as palavras de sal, o fel dissecado
a nudez aveludada do ventre.
Será do ventre de minha mãe
que saíram as minhas palavras...
pois me trouxe ao mundo, de coração
será deste mundo que partirei ... com nada!!
...apenas recordação...
Sentimentos, que fazem de mim
o mais senil dos mortais
palavras que engulo...para não as dizer aos demais
não invejo eruditos , nem escritores de fábulas
nem políticos dos jornais
esses são os iluminados ...
que fazem de nós anormais.
Sábios eruditos deste mundo
Fazedores de cruéis verdades...
...Filósofos de nada dizer...
Sensibilidade tenho á flor da pele
Por isso tenho de filosofar e escrever
Sem querer pus-me a rimar
minhas palavras fluem em catadupa
por isso a filósofos e eruditos
...eu peço minha desculpa.
Serei poeta !!??
Ou não!!?? Não me interessa o que estão a pensar
Sei que tenho a alma dissecada
De tentar ser, o que queriam que fosse
Não fui ...médico
Nem sou sábio nem erudito
Nem serei qualquer coisa que me tenham dito.
Sofrido ou não ... sou poeta sem nome
«Heterónimo de mim mesmo»
Sou muitas pessoas, numa só
E escrevo até canções
Não nasci pedra ...nem rocha
Para quem não sabe, eu vivo de emoções
Sensibilidade tenho, ao nascer da alvorada
Suave é o desejo que me acorda pela manhã
Sagaz é minha alma e minha caneta
Que não deixa envelhecer as palavras
Sem crer ...abro a porta do mundo
E lá existe tudo...e quando digo tudo...é tudo
Sofrida...nasce uma criança
Sábios e eruditos , políticos
Fazedores de cruéis verdades...
...Filósofos de nada dizer...
não invejo eruditos , nem escritores de fábulas
nem políticos dos jornais
esses são os iluminados ...
que fazem de nós anormais.