*Vendetta*
Autor: Joaquim de Melo... on Monday, 12 November 2012
Juraste a minha perdição, ingrata,
A quem adóro como adóro a vida
Casta flôr, flôr de neve estremecida,
Que sorris, quando o teu olhar me mata.
Gravei no peito aquella rubra data
Em que te vi, amor! qual na avenida
Se entalha na fiel casca endurcida
O nome da huri, que nos maltracta
E, apesar de seres tão bella e mansa,
Folgas que a desventura me persiga
Dilacerado de cruel esp'rança.
Seja assim! É atroz minha vingança,
Pois que amôr e odio tanto me castiga,
Cada vez te amo mais, dôce inimiga.
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