*Nostalgia*

      Nos estuarios alpestres do Brasil,
      Onde o sol inflammado resplandece,
      A cabilda dos negros desfallece
      Sob o látego torpe e mercantil.

      Nas areias matisa-se febril
      O ouro virgem, e no spatho permanece
      O diamante, que arisco se aborrece
      Entre o cascalho estupido, imbecil.

      O escravo, quando avista um diamante
      De dezesete _carats_ quebra fôrro
      As algemas sorrindo triumphante.

      Que me valeu porém o descobrir-te
      Diamante sem rival?--Suspiro e môrro
      A teus pés almejando possuir-te.

Género: