A tristeza não espera
Autor: Frederico De Castro on Monday, 17 November 2014
A tristeza não espera
E a paz pensamos
poder alcançar
se não houver de todos
um mútuo comprometimento
apenas restará estendido
no labor dos dias o egoísmo
a crueldade tecida então
em brados insanos
cuidadosamente embrulhados
na réstia de esperança
exposta a este tempo inclemente
que porém ainda se aventura
clamando exausto no tempo
sustentado nas profecias
amnestiadas na esperança que perdura
Senta-te aqui
do meu lado
do mesmo lado em que
fabricámos o amor e
bebâmos um travo longo de paz
depois e já sem mais temores
nem lágrimas estilhaçadas
nos chão regado de noites
e alvoradas felizes
deixemos nossas raízes
gerar uma vida inteira
que atenta e sem mais
tristezas deslumbrada nos espera.
FC
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