Na órbita do amor
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 18 February 2015
Defrontam-se noites
e dias numa peleja interminável
até me furto aos acasos
do ocaso
castigando toda a refinada coragem
em gomos de esperança
relembrada com imensa voragem
– Movi incrédulo
todas as órbitas estendidas
neste indecifrável Fevereiro
sobressaltado no calendário
dos teus singelos olhos
que pintam meus dias assim
mais serenos e confidentes
– Retornou a mim a acalmia
onde em nós renasce
cada hora celebrizada
na recôndita e velada paz
que marca o rumo do tempo
que hoje hiberna como vento
em páginas perpetuadas uma vida inteira
– E eu não mais desespero
nem quieto ou brando me escudo
em ti de medo
repito impaciente
o teu sincrónico e fremente
grito de plenas gargalhadas
sem mais tréguas
nesta poesia de ti carente
e loucamente apetecida…
FC
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