SOBRE OS MARES

Ergo-me setentrional e orador no Mediterrâneo,

Sou filho do tempo e adorador do Pacífico,

Navego em águas cristalinas com dons específicos

E sobre altares de pedra sou lutador espontâneo.

 

Desbravo as correntezas coadjuvantes do Atlântico

Perambulando sobre vagas revoltas e bravias,

Venço aos mares, não sou enciclopédia doentia

Que se envolve em torvelinhos que causam pânico.

 

Batalho inimigos que cruzam afoitos o Índico

E os faço prisioneiros por serem cruéis e cínicos

Através das meridionais cavernas do grande porto...

 

Descanso dos bacanais de guerra assaz constrangido,

Na aurora boreal dos ventos sou soldado destemido

Que abandona sua fibra nas águas do Mar Morto!

 

 

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