Ali&Nada

 

Sigo pel'o meu trilho apertado,
Cercado por pequenos muros musgosos,
Sob o brilho dum sol abrigado
Num céu cinza e tempestuoso.

Apanho as pedras que me atiram
- querem quebrar-me o corpo, a alma, o coração;
Mas apenas me quebram os ossos e
Incham-me os olhos na desilusão.

Sob a pressão das mãos 
Sobre o meu peito imaturo
Prendo os fantasmas insistentes e
Asfixio a besta ofegante.
É lá que te seguro.

 

http://aminhaevolucao.blogspot.pt/2014/02/alienada.html

 

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Comentários

Lindo! Vem do fundo, brota a desilusão e a tristeza nas passadas do caminho. Senti-me dentro do poema, porque senti na alma o que ele dizia. Há uma dor que só os poetas sentem. Obrigada poetisa por partilhares este poema . Abraço!

João Murty

Oh João, melhor era impossível! Saber que o que sinto passa pela lingua, às letras até alguém - tu! Obrigada, Ana Flora