Ali&Nada
Autor: Ana Flora de So... on Tuesday, 24 March 2015
Sigo pel'o meu trilho apertado,
Cercado por pequenos muros musgosos,
Sob o brilho dum sol abrigado
Num céu cinza e tempestuoso.
Apanho as pedras que me atiram
- querem quebrar-me o corpo, a alma, o coração;
Mas apenas me quebram os ossos e
Incham-me os olhos na desilusão.
Sob a pressão das mãos
Sobre o meu peito imaturo
Prendo os fantasmas insistentes e
Asfixio a besta ofegante.
É lá que te seguro.
Género:
Comentários
josé João Murti...
3ª, 24/03/2015 - 18:21
Permalink
Lindo Poema
Lindo! Vem do fundo, brota a desilusão e a tristeza nas passadas do caminho. Senti-me dentro do poema, porque senti na alma o que ele dizia. Há uma dor que só os poetas sentem. Obrigada poetisa por partilhares este poema . Abraço!
João Murty
Ana Flora de So...
6ª, 27/03/2015 - 23:45
Permalink
Oh João, melhor era
Oh João, melhor era impossível! Saber que o que sinto passa pela lingua, às letras até alguém - tu! Obrigada, Ana Flora