Quimeras
Autor: Milena Dias on Sunday, 12 April 2015
Quimeras
Sob meus pés nus sinto o chão macio
Da erva orvalhada e gotas de luz.
Absorvo o néctar através do frio,
Alimento a alma ávida de luz.
Das mãos abertas, sustendo o vazio,
Escorrem sonhos que o tempo produz,
Fugidos do rumo, num estranho desvio,
Sinto-os desfeitos sob meus pés nus.
E, quando a terra beber sequiosa
Chuva impregnada de vãs ilusões,
Nascerão flores de odor a emoções.
Na noite em que a lua surgir formosa,
Da erva orvalhada, lírios brotarão.
Serão meus sonhos...que a lua olharão !
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