Minhas Mâos
Autor: Arlete Klens on Friday, 15 May 2015
De repente, olhei para aquelas mãos
Tão jovens, dedos finos.
Nem uma ruga, nem um calo.
Unhas bem feitas.
Nem uma veia aparente.
Mãos de uma jovem e bela moça.
Olhei minhas mãos.
Já mostrando os traços da idade.
Alguns calos teimosos
Nunca foram embora.
As veias caminham livremente
Grossas, saltam através da pele
resultado de muitos e muitos
litros de soro.
Companheiro inseparável das minhas
idas e vindas em hospital.
Mãos que já foram tão belas
Como as da jovem a minha frente.
Olhei para seus braços ainda jovem.
E vi os meus tão iguais aos seus.
E minhas mãos tão belas!
Em relação as dela.
Mãos que ajudam-me a sobreviver.
Mãos que alimentam meu ser
Mãos que mantém a organização da casa.
Acariciam meus netos, meus filhos, meu esposo
Mãos companheiras inseparáveis das alegrias
Mãos que secaram minhas lágrimas outro dia.
Que limpa o suor de minha face.
Mãos que sabem confortar.
Que sabem retribuir quem as abrace!
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