Vejo, ao fundo

Vejo, ao fundo,
sorrisos meus
acenando à minha irresponsabilidade ébria,
como quem diz adeus...
A folha da confiança, que é fria,
quando amarrota
apaga o dia
e não volta
a ser lisa.

O vento passa
levando e trazendo
o que não tenho,
alisando a minha memória das fissuras
e mantendo viva a esperança
que tenho de viver em linha recta.
Mas não apaga o desenho do Adeus,
não aquece a folha da confiança amarrotada
não faz meus os desejos teus,
nem retroceder na perene estrada.

A vida é uma farsa
escondida por flores
de beleza alta
e de cheiros às cores,
regadas pelas mentiras frescas
que lhe dessedentam os amores.

Género: 

Comentários

Grande poema!

Gostei muito. Um grande abraço

João Murty

Um grande abraço! "A desilusão passa e deixa experiências"!!!

Lindo poema!

Gostei!

M.C.R.