Desilusão

Sôfrego

O que o move ?                    

É aquilo que lhe envolve ?

Que por vezes o dissolve?

E dia a dia revolve?

E nada resolve...

Então bebe café

depois das nove...

Enquanto o pensamento

parece esnobe...


E te sacia

Enquanto o copo esvazia...

Enquanto a vida se faz evasiva

Você lembra que ria

De tanta ironia

Sentando no sofá,

na sala escura ...

“o que dizia?”


Mas você chora,

Depois que o copo esvazia

Pois então você nota

Que o tempo não volta

Rosa Dos Ventos

Põe a vida em movimento,

Rosa dos ventos.

Segue teu caminho ao relento,

Trazendo a vaga vida adentro;

Rosa dos ventos.

 

Nem os dias e as horas contam mais o tempo.

Nem a lua e o sol servem mais ao firmamento.

Tudo se tornou vago

Entre tua despedida e esse momento.

 

Pôs a vida em movimento,

E a minha no mesmo lugar.

Balançar

          Balançar

Saltando de lago em lago

Balançando neste barco

Lutando contra as fúrias das correntes

Chorando por tantas gentes

Porque terei eu medo da doce melodia?

Que ao longe a flauta assobia

Serão as minhas forças a falhar?

Não quero mais fúrias para lutar

Quero um lugar calmo onde repousar

Onde me deitarei sem medo de sonhar

Quero o verde da vida a florescer

E não ter medo de crescer

Ausencia?

Não tenho mais o que lamentar
Não temo mais a sua ausência
Como temia a sua presença
Como temia a sua mensagem
Como temia perdê-la
Agora que me tenho só
Ando pagando pelos dias que a deixei só

Sinto que ainda te amo
Mas não te desejo
Temo que um dia possa te encontrar cara a cara
Mas com que cara a encontro?
E se eu te encontrar com outro cara?
Você não era tão prioritária como é hoje !
Por isso, peço desculpas

vazio?

 

 

Mais um bloco vazio,
que iniciei cheio de emoções.
Pensamentos atropelam minha fala,
uma dor de cabeça agoniante.
Um sentimento vazio persiste,
como um vaso quebrado,
fraturado pelas raízes da própria rosa.

Ruas em Ruas

De ruas em ruas, tropeçando em bares lotados,
Para saciar a saudade, mais uma cerveja.
Para saciar a vontade, mais uma desconhecida,
Problemas não resolvidos, amores do passado.

O caminho está fechado, mas eu sempre tropeço sorrindo,
Maldita rotina, que me vicio na nicotina.
E me tirou da poesia, caminhadas confusas,
A mente parada, e ela nunca me entendia.

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